quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Maria Bethânia: A voz da mulher

Por Ed Siqueira

Falar sobre Bethânia é “chover no molhado”, sua potência vocal, sua presença de palco e sua capacidade de expor sentimentos que há na canção. Maria Bethânia é uma atriz que canta, que encanta qualquer plateia, a baiana de Santo Amaro da purificação, logo na adolescência comunicou a família que gostaria de ir ao Rio de Janeiro participar de um grupo de teatro, uma época rica para a arte brasileira, assim seu irmão Caetano Veloso a acompanhou e o fim da história vocês já sabem.


            Sempre com a maior simplicidade possível, vestido folgado, descalça, sem maquiagem e à deriva para qualquer comentário, Bethânia gostaria de apresentar o seu conteúdo, a sua capacidade de tirar o folego da plateia que vai com a artista em suas apresentações, é uma troca de energia, é uma simbiose de beleza e força espiritual. Teve apoio de toda família, seu irmão compôs canções para ela enriquecer seu repertorio, mas foi um tal de Chico Buarque de Holanda, que fez Maria Bethânia gravar mais obras primas, muitas canções foram destinadas a ela, que tal: ”Olhos nos olhos” ou “Teresinha”, essa dupla foi um encaixe perfeito, a agulha e o palheiro.



             Ao quase 70 de vida, a atriz, a cantora, a performática Bethânia, indiscutivelmente é uma das grandes vozes femininas do Brasil. Entrego todo meu bem estar ao encontro de sua voz, que lampeja por mundos sonoros e termina em uma alegria sem igual, a nós ouvintes e telespectadores, não somos apenas um público desta senhora que materializa a canção, mas somos parte dela e ela já vive em nós em forma de interpretação.



            A você Maria Bethânia tudo que você possa precisar para fazer tantas vidas terem um pouco de entendimento o que é uma bela e digníssima apresentação de uma artista que vê na música sua razão de sorrir.                     



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