sexta-feira, 30 de setembro de 2016

A CRIATURA E O CRIADOR: "Trovoa" de Maurício Pereira






    Maurício Pereira - Compositor


       Álbum Pra Marte


   

    Maria Gadú - Intérprete        


                   Álbum: Guelã



Música:Trovoa
Compositor:Maurício Pereira
Lançamento: 2007 "Pra Marte"






Regravada por Maria Gadú em 2015 mo álbum "Guelã"


 


domingo, 11 de setembro de 2016

RESENHA: Maximus Festival 2016 - São Paulo

Por Renan Soares

                                          Resultado de imagem para maximus festival

No último feriado da independência (7 de setembro, quarta-feira), São Paulo presenciou um mega- evento que contou com a presença de grandes nomes do rock/metal da geração atual, os headbangers que compareceram ao Autódromo de Interlagos presenciaram shows de grandes nomes como a banda alemã Rammstein, do excêntrico Marilyn Manson, do Disturbed, do Bullet For My Valentine, e muitas outras, tendo sido 12 horas seguidas de muito som pesado e contando com três palcos, dois principais e um "secundário".
As filas para o show já se formaram desde manhã cedo, as 6 da manhã já se encontrava um bom número de pessoas esperando a abertura dos portões no lado de fora do autódromo. Os ingressos não chegaram a esgotar, mas, mesmo assim o número de pessoas que compareceram foi grande, e no fim é isso que importa, tanto que já foi confirmado o Maximus de 2017 para 20 de maio do ano que vem no mesmo Autódromo de Interlagos. Só espero que dessa vez a divulgação seja do mesmo nível que é a do Rock In Rio e que pelo menos algum canal de TV faça cobertura, o que na minha opinião, é obrigação para um festival desse porte.
Mas enfim, voltando para o que realmente interessa. Quando os portões foram abertos, a fila em Interlagos já começava a dar a volta no quarteirão, e por alguma razão que eu não sei dizer (pois estava lá atrás na fila) a entrada inicialmente foi lenta, mas após uma hora e meia, ela foi acelerada após os organizadores a ajeitarem de uma forma que andasse mais rápido.
Já na entrada do local, você já recebia uma pequena demonstração do que seria a estrutura do lado de dentro, já que no próprio arco de entrada via-se alguns pequenos efeitos pirotécnicos, o que já era um sinal de que o dia prometia.
                                           

Antes de começar a falar das apresentações, vou logo avisando que como houve apresentações ocorrendo simultaneamente, certamente, não acompanhei todas, do palco "secundário" (Thunder Dome) acompanhei apenas as bandas Ego Kill Talent e Project46, e dos dois palcos principais, não acompanhei apenas os shows da banda Hellyeah e Black Stone Cherry, por isso, se você está esperando a avaliação de apenas alguma dessas bandas que não vi, sugiro que feche o texto agora e vá procurar coisa melhor para fazer porque irás se decepcionar, no mais, sigam-me os bons.
                                           
                                           

Começando os trabalhos no palco Thunder Dome ao meio-dia, tivemos a banda paulista Ego Kill Talent, banda essa que eu mesmo nunca tinha parado para ouvir antes do festival.
O show deles contou com um público baixo e um tanto que apático, o que é uma coisa normal de acontecer com as bandas de abertura desse tipo de festival, então, não é nenhuma razão para se perder a cabeça.
No geral, eles fizeram uma boa apresentação e digna para abrir com grande estilo esse grande festival que prometia grandes apresentações, e espero que esse show tenha sido uma boa porta de entrada para eles para outros grandes eventos no futuro, porque eles merecem.

                                         
                                        
                                        
Começando agora os trabalhos nos palcos principais (no palco Rockatansky para ser mais exato), a banda Steve n Seagulls subiu à uma da tarde para levantar o público em Interlagos, o grupo que entre todos aqueles que iam tocar no festival, era o mais peculiar. Porque a ideia deles é tocar covers de músicas de metal conhecidas de uma forma bem "country", se utilizando de instrumentos não muito convencionais no metal, como o banjo, por exemplo (e sem guitarras elétricas).
Não sou um cara muito fã de bandas que se foquem apenas em tocar covers e também estou muito longe de ser um apreciador do som do grupo, mas, para abrir as atrações principais até que serviu direitinho, porque afinal de contas, o público adora ouvir os grandes clássicos do metal seja lá em que versão for, e isso sem falar que as danças "caipiras" que o público fazia durante as músicas eram impagáveis (rs). Ou seja, a apresentação deles serviu bem como um bom "esquente" para o que estava por vir.

                                          
                                                    

Tendo menos de cinco minutos de intervalo entre uma banda e outra, as atenções ficaram todas voltadas para o Palco Maximus, onde a banda americana Hollywood Undead começou a sua apresentação. O grupo que chama a atenção por conta de sua máscaras de hockey (que a utilizaram apenas nas duas primeiras músicas), tem um som que é uma mistura de rap com uma pegada pesada do rock.
Junto com o Steve n Seagulls, a banda era a segunda atração com um som um pouco mais diferentes das outras que iriam se apresentar, e mesmo com um público ainda apático, eles conseguiram fazer uma boa apresentação, animando todos aqueles que estavam lá presentes para vê-los, isso tendo apenas meia-hora de apresentação (assim como a banda anterior) e um setlist que se focou mais nas músicas do seu último disco, o "Day Of The Dead".
O único ponto negativo que tenho para falar da apresentação, é a suspeita que tenho de que pelo menos algum dos seis vocalista (sim, são seis rs) utilizam playback, porque há momentos em que a voz deles (não de todos) ficaram muito artificiais e com muito efeito para parecer que estavam cantando ao vivo, mas enfim, isso é uma coisa que não posso provar.

                                     
                                     
Uns 10 minutos após o fim do show do Hollywood Undead, o público voltou a se aglomerar em frente ao Palco Rockatansky para aguardar o início da apresentação do Shinedown, essa que infelizmente acabou sendo a decepção do festival (mas não por culpa deles, já deixando isso claro).
Assim como as duas primeiras bandas, foi dado ao Shinedown apenas meia-hora de apresentação, o que é considerado um tempo muito curto para um show, então, podemos dizer que as coisas já começam erradas a partir daí, mas como dois grupos já tinha se apresentado com esse tempo, isso não deveria ter sido um empecilho, mas acabou sendo e vocês entenderão o porquê.
O show acabou sendo marcado por problemas técnicos, tendo a primeira música sido tocada sem que se conseguisse ouvir o vocalista Brent Smith, e quando conseguiram "ajeitar" isso, ainda assim o som estava muito baixo e muitos dos que estavam longe do palco não conseguiam o ouvir cantar, fazendo com que eles acabassem perdendo um tempo precioso (que já era curto) tentando ajeitar esse problema, que acabaram não conseguindo.
Por conta disso, eles fizeram o setlist mais curto de todo o festival, tendo tocado apenas 4 músicas, deixando todos aqueles que vieram para vê-los decepcionados (principalmente os que foram apenas para vê-los). Dessa forma, a apresentação foi encerrada com o Brent pedindo desculpas ao público pelo ocorrido e deixando no ar uma possível volta no futuro para um show melhor e mais completo.

                                        
                                        

Após o Shinedown, o Hellyeah subiu no palco Maximus, mas como já disse no início do texto, não acompanhei nem esse e nem o show que veio após eles (o Black Stone Cherry), peço desculpas aos fãs da banda que não foram ao festival que queriam saber um pouco mais sobre suas apresentações, mas, eu não poderia deixar de conferir no palco Thunder Dome o show da banda paulista Project46, eles que atualmente são considerados uma das maiores revelações do metal nacional.
O nome do Project46 já tem uma certa relevância dentro da cena metal brasileira, tanto que mesmo tendo sido colocados para tocar em um palco com menor estrutura, eles conseguiram arrastar um bom público para a sua apresentação.
E como não podia ser diferente, quem esteve no show deles presenciou um dos "circle pits" mais violentos de todo o festival, o que não podia faltar, afinal, show do Project46 sem uma boa roda punk não é um show do Project46 digno (rs).
Como sempre, a banda conseguiu cativar o público com o seu som pesado, agressivo e cativante, e sempre mandando seu recado com suas músicas que normalmente contêm críticas a sociedade atual, tocando como eles mesmo dizem, o "foda-se".
Por isso, digo com toda certeza do mundo de que a banda não merecia ter tocado em um palco menor, e sim, em um dos palcos principais, mas infelizmente, a organização do festival achou melhor fazer essa "segregação" fazendo com que todas as bandas brasileiras se apresentassem no Thunder Dome, o que eu sinceramente acho uma falta de consideração com o metal nacional.
                                            
                                                           

Após o fim do show do Project46 e descansar um pouco durante a apresentação do Black Stone Cherry, voltei para a frente do Palco Maximus para aguardar a hora da bela Lzzy Hale e sua turma se apresentarem. Era a hora do Halestorm.
A partir desse momento, com os shows das bandas principais se aproximando, o público em frente aos dois palcos começava a aumentar consideravelmente, mas mesmo assim, o público presente no show do Halestorm pareceu estar um tanto que apático, mas, ainda assim a banda não deixou de fazer uma boa apresentação, e claro, a Lzzy mais uma vez mostrou até onde consegue levar a potência do seu vocal em seus solos.
No mais, foi um bom show onde a platéia se preocupou bem mais em apenas assistir.

                                             
Chegando finalmente em uma das atrações mais esperadas, logo após o Halestorm, o Bullet For My Valentine subiu no palco Rockatansky para animar o público presente no Autódromo de Interlagos. Pouco antes de seu início, o público já gritava fortemente o nome da banda quando alguns dos integrantes mostravam a cara na parte de trás do palco para espiar o como estava a platéia, fazendo com que boa parte dos presentes fossem ao delírio quando eles entraram no palco.
Infelizmente, nesse show o microfone do Matt Tuck estava baixo, e isso não foi ajeitado mesmo com o público fazendo sinal ao pessoal do som para aumentar o volume (ao que parecia, o problema era naquele palco em específico), mas felizmente, isso não atrapalhou muito a apresentação e nem a animação do público, tendo eles cantado todas as letras junto com a banda do início ao fim e formado algumas rodas punk ao longo da pista.

                                                        
                                                        

Após finalmente o sol se por e a lua dar o seu brilho nos céus de São Paulo, era a hora do Disturbed subir no palco Maximus e levantar o público em Interlagos.
A partir desse momento, principalmente para aqueles que estavam na grade, já era difícil se mexer até mesmo para levantar o braço para acompanhar a música, pois basicamente todos presentes tinham se posicionado em frente aos dois palcos para acompanhar as três últimas apresentações do dia.
O Disturbed atendeu as expectativas e fez um bom show, animando bastante a galera (principalmente na hora em que tocaram "Killing In The Name", do Rage Against The Machine). Mas podemos dizer que o ponto do alto da apresentação foi quando eles tocaram a música "The Sound Of Silence", canção essa que foi eternizada pela dupla Simon & Garfunkel, nesse momento, acenderam-se os isqueiros e as lanternas de celulares e Interlagos passou a cantar em uma só voz.
Por outro lado, nesse show eu pude comprovar uma coisa que já dizia há um bom tempo, a potência vocal do David Draiman ao vivo é muito abaixo da que é mostrada nos álbuns de estúdio da banda.

                                                 
                                                 

Indo agora para o última apresentação no palco Rockatansky, foi chegada a hora de Interlagos ir abaixo ao som do excêntrico Marilyn Manson.
O Disturbed não tinha ainda encerrado sua apresentação por completo quando os fãs começaram a clamar pelo nome do cantor na platéia, aliás, ele era a segunda atração principal do dia, e claro, só podíamos esperar um grande show em alto nível, e foi exatamente isso que o Manson nos entregou.
Mostrando toda a sua excentricidade que o deixou famoso, Marilyn Manson e sua banda levantou o público de uma forma que nenhuma banda que tocou antes dele tinha conseguido ainda. Das "excentricidades" mostradas no palcos, além das pesadas maquiagens utilizadas por ele e sua banda (que é o de menos), também teve os cabos de microfone em formato de soco inglês e de faca, isso sem falar nas vezes em que ele colocava as mãos dentro da calça.
O ponto negativo que posso ressaltar no seu show ocorreu apenas no final, quando ele começou a fazer intervalos muito longos entre uma música e outra (que normalmente era para troca de figurinos), o que acabou deixando muitos na platéia agoniados, principalmente os fãs do Rammstein que aguardavam ansiosamente o show da banda que vinha logo a seguir.

                                                 
                                                      

E finalmente, chegou a hora da atração que todos esperavam ansiosamente, era a hora do Rammstein subir no palco Maximus com toda a sua mega-estrutura para fechar o festival com chave de ouro, ou melhor, de fogo, porque isso não faltou com os seus efeitos pirotécnicos.
Pouco antes do início do show, os telões do Autódromo de Interlagos começaram a fazer uma contagem regressiva de 60 segundos para o início da apresentação do Rammstein, contagem essa que o público acompanhou com a muita ansiedade.
Quando o cronômetro zerou e as cortinas colocadas no palco caíram, a banda já mostrou um pouco da sua grande estrutura com os guitarristas descendo de uma plataforma vinda da parte de cima do palco e com os primeiros efeitos pirotécnicos. E mesmo em alemão, o público não deixou de cantar as letras das músicas do início ao fim.
A banda se apresentou de uma forma que eu pelo menos costumo apreciar bastante, com pouca conversa fiada e bastantes músicas (o vocalista Lindemann poucas vezes parou para conversar com o público, tendo apenas arriscado algumas palavras em português no fim da apresentação para agradecer a presença do público).
Entre os efeitos pirotécnicos que surpreenderam os fãs estavam as máscaras/lança-chamas colocadas por Lindemann e os guitarristas na música Feuer Frei!, o banho de faísca que o tecladista Lorenz em Ich Tu Der Weh, o tiro de "fogos de artifícios" dado pelo vocalista em Du Hast que foi e voltou explodindo no palco e o lança-chamas que saía das guitarras na música Link 2 3 4.
Uma coisa posso dizer, a pessoa pode até não gostar do Rammstein, mas com certeza iria gostar pelo menos da sua apresentação, porque é simplesmente um espetáculo a parte.
Encerrada as apresentações, vamos agora para as considerações finais do festival:
Antes de tudo, claro, foi um show inesquecível, a organização funcionou muito bem, principalmente na questão da pontualidade das apresentações, e a ideia das coisas dentro do evento serem vendidas em "metals" (que sério um tipo de crédito que você comprava antes do festival para poder consumir as coisas lá dentro) funcionou bem, e evitou que muitos ficassem levando muito dinheiro para o local evitando uma possível perda, a única coisa que pode melhorar em relação a isso é se eles divulgassem a tabela de preços das coisas no evento antes dele acontecer, para que todos tivessem a noção básica de quantos "metals" ele iria precisar, coisa que muitos reclamaram.
A estrutura certamente não ficou devendo em nada e nenhuma confusão foi registrada, no geral, as coisas ocorreram nos conformes.
Algumas partes negativas já citei antes, mas irei reforça-las agora. Primeiramente, garantir que problemas de som como os que ocorreram no show do Shinedown não aconteça novamente, investir mais na divulgação do evento visando o público fora de São Paulo, para que haja um grande público não apenas das regiões Sul e Sudeste, mas também de todo o Brasil, ter um meio de transmissão dos shows para aqueles que não puderem ir, seja ele através de algum canal de TV ou via Internet. E por último, mas não menos importante, não deixar todas as bandas brasileiras concentradas apenas em um palco com menor estrutura, porque o metal brasileiro também merece respeito e consideração, por isso, também seria justo que algumas bandas locais também tocassem nos palcos principais.
E assim, esperamos não apenas que o Maximus Festival 2017 seja tão bom quanto o desse ano, mas também que ele seja 10 vezes melhor.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

A Trilha Sonora de Aquarius

Resultado de imagem para aquarius kleber mendonça filho

Por: Lucas Rigaud

 "Aquarius", o filme nacional mais esperado do ano, dirigido pelo cineasta recifense Kleber Mendonça Filho, não só passa uma excelente mensagem de luta, resistência, razão e amor, como pode ser conferido na crítica escrita por mim clicando aqui, mas também uma verdadeira aula de música.

 O filme, que estreou ontem no circuito comercial, possui uma trilha sonora muito além do que pode ser considerado digno, contando com verdadeiros clássicos da música nacional e internacional. "Aquarius" é um filme que praticamente gira em torno da música, uma vez que a personagem principal Clara, divinamente interpretada pela atriz Sônia Braga, é uma jornalista e crítica musical aposentada, além de ser uma colecionadora de LPs clássicos. 

 A música, em todos os momentos do longa-metragem, casa perfeitamente com a cena da qual o som e a melodia são escutadas, o que é observado logo no começo do filme, onde a música "Another One Bites The Dust", do Queen, está perfeitamente encaixada em um momento de descontração na praia de Boa Viagem. Os versos de "O Quintal do Vizinho", de Erasmo Carlos, e "Hoje", de Taiguara, são as provas definitivas de que a beleza do filme não se dá apenas pela história, ou pela brilhante personagem de Sônia Braga, mas pelo som ao seu redor (se me permitem a referência ao primeiro longa-metragem de Kleber Mendonça Filho).

 As principais músicas que compõem a trilha sonora de "Aquarius" são: 

Hoje - De Taiguara, canção que abre o disco de mesmo nome, lançado em 1968 pelo artista brasileiro nascido no Uruguai. A canção é tema de abertura do filme.



Another One Bites The Dust e Fat Bottomed Girls - Do Queen. A primeira canção é um funk rock no melhor estilo disco escrita pelo baixista John Deacon, para o álbum "The Game", de 1980. A segunda é um clássico controverso (devido ao título "garotas da bunda grande"), escrito pelo guitarrista Brian May e lançado como single em 1978. 






 O Quintal do Vizinho - Clássico de Roberto Carlos, escrito pelo seu parceiro de músicas Erasmo Carlos e lançado em 1975.




 Dois Navegantes - Canção da cultuada banda de rock progressivo pernambucana Ave Sangria, que tem uma importante participação no filme. Há uma cena em que a personagem Clara é entrevistada por uma jovem repórter do Diario de Pernambuco e diz que o primeiro e único álbum de estúdio gravado pelo grupo tem 41 anos mas parece de sido feito nos dias de hoje. "Dois Navegantes foi escrita por Almir de Oliveira e lançada juntamente com o disco em 1974.


Jeito Estúpido de Te Amar - A canção, tratada por Clara como uma declaração amorosa obrigatória, ainda mais quando é cantada por Maria Bethânia, é original de Isolda e Milton Carlos.




 Outras grandes canções presentes no filme são: "Recife, Minha Cidade", do Rei Reginaldo Rossi; "Toda Menina Baiana" e "Pai e Mãe", de Gilberto Gil; "Sentimental Demais", de Altemar Dutra; "Sufoco", de Alcione; "Nervos de Aço", de Paulinho da Viola, entre outras que podem ser conferidas na playlist do Spotify.

Confira: https://open.spotify.com/embed/user/sydfilmfest/playlist/5kanwFnqmjDSXRvkP1ljsz