Por Lucas Rigaud
Bernard Herrmann é, sem sombra de dúvidas, um dos compositores mais importantes da história do cinema; porém, infelizmente, um dos mais esquecidos também. Poucos lembram do nome por trás da icônica trilha da cena do chuveiro, igualmente icônica, de "Psicose", ou do tema marcante de "Taxi Driver", tampouco da música de abertura do clássico "Intriga Internacional".
Herrmann simplesmente criou e executou trilhas de filmes consagrados e merece total destaque no meio musical, até pelo fato de ter sido um dos principais nomes da Era de Ouro do Cinema e, por isso ter recebido o título de "O Compositor Noir".
O Mestre Sonoro, descendente de russos, nasceu em Nova York, em 1911. Criança prodígio, ganhou um concurso de música na infância e decidiu entrar para o mundo da música logo cedo, montando sua primeira orquestra aos 22 anos.
Em 1934, o músico começou a trabalhar na rádio CBS, onde conheceu ningém menos que Orson Welles, que, na época, era radialista. Herrmann e Welles passaram a trabalhar juntos e o projeto mais importante da dupla foi na peça de rádio "A Guerra dos Mundos", baseada no livro homônimo de H.G. Wells.
Herrmann entrou para o cinema no início dos anos 40, desenvolvendo a trilha sonora do primeiro longa-metragem de Welles: "Cidadão Kane". Recebeu uma indicação ao Oscar pela trilha do filme e também por seu trabalho em "O Homem Que Vendeu A Alma". Esse último filme rendeu-lhe o único Oscar que ganhara na vida, sendo praticamente ignorado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas desde então.
A parceria mais importante de Herrmann foi com o mestre do suspense, Alfred Hitchcock, que renderam famosas trilhas, como as de "Psicose", "Intriga Internacional", "Um Corpo Que Cai", entre outras.
Mais detalhes sobre a clássica parceria Hitchcock/Herrmann, asim como mais trabalhos do maestro, vocês podem conferir no vídeo, abaixo:
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