Por Ed Siqueira
Gonzaguinha já carregava em seu nome um peso enorme. Ser filho de quem foi e ser considerado um artista de extremo talento da sua geração não era para qualquer um. Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, cresceu no morro de São Carlos no Rio de Janeiro. Foi criado pelos compadres do seu pai. O rei do baião arcava com todas as despesas do filho, enquanto fazia shows por todo país.
Gonzaguinha já carregava em seu nome um peso enorme. Ser filho de quem foi e ser considerado um artista de extremo talento da sua geração não era para qualquer um. Luiz Gonzaga do Nascimento Júnior, cresceu no morro de São Carlos no Rio de Janeiro. Foi criado pelos compadres do seu pai. O rei do baião arcava com todas as despesas do filho, enquanto fazia shows por todo país.
O
outro lado de Gonzaguinha, o economista, não veio ao mundo para saber os
preceitos dos cálculos econômicos, ele veio à vida para decifrar sentimentos e
se debruçar em estridentes gritos de protestos, onde se fazia do país refém do
medo e a censura reinava sem ninguém para poder pará-la. Gonzaguinha era como
um alto-falante no meio de uma feira, trazia e tragava informação para todos
ouvirem, trazia um recado forte, em uma mente que se oferecia para compor, escrevia
músicas rasgando o verbo, mas também escrevia canções que o amor mandava na
situação.
Os
insubstituíveis Gonzagas: pai e filho, tão diferentes em lugares percorridos
musicalmente e tão juntos ao mesmo tempo na gravação da música “Pense n´eu”
escrita pelo filho. Ao som que ouço, a letra que reflito, ao violão batendo por
conta própria, meio que embarco no universo gonzaguiniano e quero apenas o
silêncio para a música desse mestre sonoro invadir o lugar onde me encontro, só
isso, basta o silêncio para ouvi-lo com seus intérpretes, como a grandiosa
Maria Bethânia, como o próprio LUIZ GONZAGA que fez MPB como se faz um BAIÃO.
Sem o “JÚNIOR” no final ou não!
Valeu
Gonzaguinha
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