segunda-feira, 30 de novembro de 2015

"Nunca estou longe do piano, me alegra quando estou triste"


Por Pedro Morosini

Piotr Ilitch Tchaikovsky foi um compositor romântico russo que compôs géneros como sinfonias, concertos, óperas, ballets, para música de câmara e obras para coro para liturgias da Igreja Ortodoxa Russa. Algumas das suas obras encontram-se entre as mais populares do repertório erudito. Este foi o primeiro compositor russo a conquistar fama internacional, tendo sido maestro convidado no final da sua carreira pelos Estados Unidos e Europa.  As suas obras, no entanto, foram muito mais ocidentalizadas que as de seus compatriotas, uma vez que utilizava elementos internacionais em simultâneo com melodias populares nacionalistas russas.

Homossexual, sofreu com o preconceito de contemporâneos e com inúmeras desilusões amorosas. A difícil experiência de vida foi a grande responsável por sua música, altamente emotiva, dramática e carregada de sentimentos.

Para saber mais sobre as obras de Tchaikovsky, todo as crises e problemas que enfrentou, é só dar uma olhada no nosso mais novo vídeo.

domingo, 29 de novembro de 2015

George Harrison - The Quiet Beatle

 Por: Lucas Rigaud




 Há 14 anos, o eterno guitarrista, cantor e compositor que deu alma à música da banda britânica The Beatles, muito debilitado por conta do câncer que batalhava desde os anos 90, George Harrison, estava rodeado de muito amor e carinho pela sua esposa, Olivia, seu filho, Dhani, e alguns amigos íntimos, até murmurar suas sábias e últimas palavras: “Amai-vos uns aos outros”.


 Conformado que não teria muito tempo de vida, George partiu para fora do mundo material de maneira tranquila e feliz, longe das câmeras e da chateação da mídia. Em uma das suas últimas entrevistas, foi praticamente pego de surpreso durante uma corrida de Fórmula 1, uma das maiores paixões do músico; apesar de ter primeiramente recusado falar com a repórter que o abordou, Harrison mudou de ideia, mostrando ao mundo pela última vez sua simpatia e humildade. O eterno Beatle não acreditava que o corpo era mais importante que alma, o que, de fato, não é; jamais quis que a mídia registrasse seu corpo enquanto estava se deteriorando, por conta da doença. De acordo com um amigo: “George Harrison não queria a sua fotografia num caixão como epitáfio”.

 George Harrison, na humilde opinião dos Mestres Sonoros, foi e sempre vai ser o verdadeiro mestre do quarteto de Liverpool. Sua simplicidade, humildade e genialidade eram, infelizmente, pouco reconhecidas durante os Beatles, quando a atenção era voltada para os "líderes" da banda, John e Paul. Porém, em carreira solo, Harrison foi o primeiro do Fab Four a obter sucesso, recebendo altos elogios e, finalmente, sendo reconhecido como o gênio que sempre foi.


  George Harold Harrison nasceu em Liverpool, Inglaterra, no dia 24 de fevereiro de 1942, porém a data "oficial" de seu aniversário é comemorada em 25 do mesmo mês. Foi o último de quatro filhos do motorista de ônibus Harold Hargreaves Harrison e da funcionária de lojas Louise. George nasceu de uma família católica e descendente de irlandeses.

 A primeira escola que cursara foi a Escola Primária de Dovedale, próximo a Penny Lane, onde curiosamente também fora local de estudo de John Lennon. Passando em seus exames finais, Harrison conseguiu uma vaga no Liverpool Institute For Boys, onde ficou de 1954 a 1959. George disse que, quando tinha 12 ou 13 anos, ele teve uma "epifania" — andando de bicicleta pela vizinhança, ele ouviu "Heartbreak Hotel", de Elvis Presley, tocando em uma casa próxima, e ficou chocado. Ainda que, à época, ele tivesse tido um bom desempenho escolar, ele já havia perdido o interesse pelos estudos. Com 14 anos, ele se sentava ao fundo da sala de aula, tentando desenhar guitarras nos livros escolares: "Eu estava completamente vidrado em guitarras. Eu ouvi que um garoto na escola tinha uma guitarra de três libras e dez xelins, era só um pequeno buraco acústico. Eu pedi três libras e dez xelins à minha mãe; isso era bastante dinheiro pra nós." Harrison comprou um violão Dutch Egmond. Enquanto estava no Liverpool Institute, Harrison formou um grupo de skiffle com seu irmão Peter e um amigo chamado Arthur Kelly. Foi nessa escola que ele conheceu Paul McCartney, que era um ano mais velho. McCartney, posteriormente, se tornaria membro da The Quarrymen, banda de John Lennon, à qual Harrison se juntaria, em 1958.

 Ao perder interesse pelo skiffle, John Lennon começou a tocar mais rock'n roll e, como já fora mencionado, George entrou na banda em 1958 quando Rod Davis, que tocava banjo, saiu do grupo. Posteriormente, Stuart Sutcliffe (chamado também de Stu) também entrou para a banda como baixista. No verão do mesmo ano, eles gravaram em um disco de acetato de 78-rpm as canções "That'll Be the Day"(composição de Buddy Holly) e "In Spite of All the Danger" (composição de McCartney e Harrison).

   Em 1960, a banda trocou de nome 5 vezes. Stu sugeriu o nome The Beetles (os besouros) em homenagem a banda The Crickets (os grilos), de Buddy Holly. Após uma tournê com Johnny Gentle na Escócia, eles mudaram definitivamente o nome para The Beatles.

 Nos Beatles, a primeira música cantada, mas não escrita, por Harrison foi "Do You Want To Know A Secret", que está no primeiro álbum lançado pela banda chamado Please Please Me. A primeira canção escrita pelo Beatle encontra-se no álbum With The Beatles e se chama "Don't Bother Me". Essa canção fora escrita quando George estava doente de cama em quarto de hotel. A música se tornou curiosa por ser completamente diferente das escritas pela dupla Lennon-McCartney, com um vocabulário mais ousado e frases como: "Vá embora, deixe-me sozinho, não me pertube." Porém, George adquiriu mais sucesso interpretando a canção "Roll Over Beethoven" de Chuck Barry, presente no mesmo álbum.


  No começo da histórica banda, Harrison era visto como apenas um garoto pelos outros integrantes, por o mais jovem entre eles. No auge da Beatlemania, George ganhou o apelido "Quiet Beatle" (Beatle calmo/Beatle quieto) devido à sua timidez e tendência de falar pouco em entrevistas.

  Um dos marcos mais importantes de sua carreira aconteceu durante a turnê nos E.U.A em 1965, quando David Crosby, integrante da banda The Birds, introduziu George à cultura indiana através dos trabalhos do então músico Ravi Shankar. Shankar ensinou ao Beatle tocar cítara, um instrumento de cordas indiano com som mágico e magnífico. George ficou completamente apaixonado pelo som indiano e se tornou um dos principais responsáveis pela introdução da música indiana nos anos 60. Sua primeira introdução de cítara em uma música pop ocorreu na canção "Norwegian Wood" do álbum Rubber Soul.

 Outro importante acontecimento na vida de George ocorreu durante as filmagens de Help! em 1965, nas Bahamas. Na época, ele começou a se interessar pela religião hindu ao ler um livro sobre reencarnação. Em 1966, ele e sua mulher Pattie Boyd foram à Índia, onde ele conheceu vários gurus, locais sagrados e estudou o sitar. De volta a Inglaterra, George conheceu Maharishi Mahesh Yogi e começou a desenvolver a meditação transcendental. Influenciados por George Harrison, os Beatles foram à Índia fazer meditação espiritual em 1968. Em 1969, produziu o single "Hare Krishna Mantra", interpretado por devotos do templo londrino de Radha-Krishna. No mesmo ano, ele e John Lennon conheceram Bhaktivedanta Swami Prabhupada, fundador da Sociedade Internacional para a Consciência de Krishna (ISKCON). Pouco depois, Harrison abraçaria a tradição Hare Krishna, em particular o canto de mantra usado como meditação privada e chamado japa-yoga, tecnicamente similar ao rosário na tradição católica.

  Em 1966, a partir do álbum Revolver, George começou a demonstrar talento tão incrível quanto ao da dupla Lennon-McCartney, compondo canções de alta qualidade e conseguindo lançar 3 músicas suas no álbum. Em 1968, sua música "While My Guitar Gently Weeps" se tornou a composição de maior sucesso do Beatle, esta está incluída no White Album - The Beatles.

 "Something" foi sua primeira canção a ser lado A de um compacto dos Beatles, a canção também é consideradas uma das mais belas da história e, depois de "Yesterday", é a canção mais regravada dos Beatles. Muitos consideram essa como a melhor composição de Harrison.

 Antes do fim da banda, George já havia lançado dois álbuns solo: Wonderwall Music, de 1968, e Electronic Sound, de 1969. Após a separação da banda, George Harrison foi o Beatle de carreira solo mais vitoriosa. Seu primeiro álbum pós-beatles foi um grande sucesso de público e critica. O All Things Must Pass, de 1970, é considerado por muitos como o melhor trabalho solo de um Beatle e um dos melhores discos da história. Sucesso como "My Sweet Lord", "Isn't It a Pity" e "What is Life" fizeram o álbum atingir o primeiro posto das paradas de sucesso britânicas e norte-americana.

 O maior fato ocorrido em sua carreira foi em 1971: pela primeira vez na história do rock, George Harrison organizou um show humanitário. O show aconteceu em 1 de agosto no Madison Square Garden, de Nova York, reuniu cerca de 40.000 pessoas e contou com a participação de Eric Clapton, Ravi Shankar, Bob Dylan, Ringo Starr, Leon Russell, Billy Preston e o grupo Badfinger. Os outros ex-Beatles também foram chamados mas só Ringo Starr compareceu. Paul alegou ser muito cedo para reunir a banda novamente e John não compareceu porque o convite não se estendeu a sua esposa, Yoko Ono. O The Concert For Bangladesh foi feito com a finalidade de arrecadar fundos para refugiados de Bangladesh. Em 2005 o álbum foi relançado em CD e em DVD e as arrecadações foram doadas à Unicef.


 De forma adicional ao seu próprio trabalho, George Harrison escreveu duas canções para Ringo Starr, "It Don't Come Easy" (creditada apenas a Ringo Starr, lançada como single) e "Photograph" (parceria entre Harrison/ Starr), incluída no álbum Ringo, de 1973. Colaborou com o álbum Imagine (1971), de John Lennon, assim como nas canções "You're Breakin' My Heart" de Harry Nilsson, "Day After Day" de Badfinger, "That's The Way God Planned It" de Billy Preston e "Basketball Jones" de Cheech & Chong.

  No seu disco Living in the Material World, de 1973, está presente a canção "Give me Love (Give me Peace on Earth)", segunda a atingir o primeiro lugar das paradas norte-americanas depois de "My Sweet Lord".

 Em 1980, após o assassinato de John Lennon, George escreveu a canção "All Those Years" em sua homenagem e chamou Paul McCartney, Linda McCartney e Ringo Starr para participarem da gravação. Em 1987, George lançou o álbum Cloud 9, que foi produzido por Jeff Lynne (Electric Light Orchestra). Depois de 5 anos, foi uma volta com reconhecimento de público e de crítica. 

George convidou mais uma vez alguns amigos para participar do álbum: Eric Clapton, Ringo Starr e Elton John, além do próprio Jeff Lynne. A canção "I got my mind set on you", escrita por Rudy Clark na década de 1960, atingiu o primeiro lugar nos Estados Unidos e segundo na Inglaterra. A canção "When We Was Fab" em referência aos Beatles conseguiu sucesso mais modesto. No video clip desta canção George aparerece junto com Ringo Starr e Paul McCartney, este fantasiado de leão marinho em homenagem às fantasias usadas no filme Magical Mystery Tour. O álbum alcançou o posto de número 8 nas listas de sucessos dos Estados Unidos e o número 10 nas britânicas, dando a Harrison seu melhor resultado desde Living in the Material World.

 Na década de 90, George foi diagnosticado com câncer de pulmão e enfrentou diversas cirurgias para elimina-lo. Porém, em 2001 o câncer voltou em metástase. Apesar de tantos tratamentos, a doença já estava no seu estado terminal e o Beatle sabia que não lhe restava muito tempo de vida.

 No dia 29 de novembro de 2001, nosso querido George nos deixou e partiu para um lugar melhor ao lado de sua Divindades. Seu corpo foi cremado e suas cinzas jogadas no rio Ganges (ou no rio Yamuna) na Índia.

 Exatamente um ano após sua morte, Olívia Harrison, sua mulher, e Eric Clapton, seu amigo, organizaram o Concert for George, no Royal Albert Hall, em Londres. O concerto contou com a presença do filho de George, Dhani, além de grandes amigos como Paul McCartney, Ringo Starr, Eric Clapton, Billy Preston, Ravi Shankar, Tom Petty, Jeff Lynne, Jim Capaldi, Jools Holland, Albert Lee, Sam Brown, Gary Brooker, Joe Brown, Brian Johnson, Ray Cooper, integrantes do Monty Python e Tom Hanks.

 George Harrison ocupa o 11º lugar na lista dos 100 maiores guitarristas da história segunda a revista Rolling Stone e sem dúvida é um músico que mudou completamente o solo estilo rock'n roll e que jamais será esquecido.

 A simplicidade, humildade, o silêncio por fora, mas por dentro uma alegria inesgotável, as letras, a voz, os solos, tudo isso fez desse homem um dos maiores gênios musicais que o mundo já viu. Agora, George pode tocar seu inesquecível solo de guitarra ao lado do seu “Doce Senhor” por toda a eternidade, enquanto gentilmente choramos de saudade.



sábado, 28 de novembro de 2015

A alegria contagiante, sem ritmo definido

Por Bruno Mário



  Ontem, o Mestres Sonoros homenageou Cyndi Lauper, a cantora que fez sucesso no ápice das dicostecas, no início dos anos 80'. Eternizada no mundo da música pop mesmo sendo uma artista multigênero.
  Cyndi nasceu e cresceu no estado de Nova York; e na adolescência, ganhou de presente um violão, dado pela irmã, presente este com que Lauper se agradou bastante. A partir de então, compor músicas era seu Hobby favorito. Aos 17anos, saiu de casa para estudar artes em Vermont, no Canadá, obviamente com direcionamento à música. Conheceu o tecladista John Turi aos 24 anos; e juntos, fundaram a banda Blue Angel, que tinha tudo para ser promissora, mas durou apenas 5 anos (1978 - 83), devido a vários desentendimentos entre os integrantes, que acarretou em vários prejuízos financeiros e morais.
  Após sair da banda, Cynthia Ann Stephanie Lauper , voltou a tocar sua vida normalmente e trabalhou no comércio de Nova York, mas em nenhum momento desistiu do sonho de se tornar cantora e viver da própria arte. Sempre conciliava o trabalho com a música; alternando entre uma apresentação e outra, nos clubes da cidade. Até que um belo dia, conheceu o agente David Wolff, com quem teve um relacionamento amoroso e a ajudou na obtenção de um contrato com a Epic Records , negócio que veio a mudar sua vida para sempre.
  Em 1982, Cyndi Lauper iniciou sua carreira solo, já vinculada a uma grande gravadora. Abraçou bem a oportunidade dada e lançou seu primeiro álbum no ano seguinte, She's so unusual foi um sucesso estrondoso que roubou a cena no mercado da época, onde paralelamente a ela, Michael Jackson atingia seu auge e Madonna estava começando a ganhar terreno. As faixas que estão contidas no álbum são, em grande maioria, os maiores sucessos da sua carreira, tais como : "She Bop", "Time After Time", "Money Changes Everything" e a lendária "Girls Just Wanna Have Fun", que segundo ela mesma, foi uma modificação da letra original, ela pretendia ser (E foi), um marco na causa feminista; esta música também foi marcante pela alegria radiante com que Cyndi gravou o clipe oficial.
  Com o grande sucesso conquistado no primeiro álbum, Cyndi foi um dos três grandes nomes do pop , na primeira metade dos anos 80', ao lado do "Rei" e da "Rainha" do gênero. Contudo, o sucesso comercial não se repetiu nos álbuns seguintes; muito embora "True Colors" (1986) e "A Night To Remember" (1989) também ficaram marcados na vida artística da cantora; mesmo com desempenho de vendas abaixo de "She's So Unusual", eles traziam alguns sucessos que conseguiram fincar seu nome no gênero, tendo a década de 80' como a sua era áurea.
Em "True Colors", além do single homônimo que era o principal, "Boy Blue", "Change Of Heart" e "What's Going On" foram os que mais marcaram o álbum. Já no disco seguinte: "I Drove All Night", "Primitive" e "Heading West", além do próprio "A Night To Remember", foram os que mais ganharam audiência do público.
  Após essa década de construção e afirmação, Cyndi Lauper não repetiu o sucesso conquistado nos três primeiros álbuns. Mesmo em transição constante de gênero musical, chegando a cantar Rock, Soul, Melody e Blues , nenhum álbum conseguiu se aproximar da tríade inicial. Seu último álbum, "Memphis Blues" (2010), conseguiu um desempenho razoável, coisa que a cantora vinha precisando há muito tempo.
  Mas, apesar das dificuldades e da má fase que sua carreira atravessou, a "Rainha do Pop/Rock" sempre será lembrada pelas músicas daquela época. Além dos palcos, ela é grande ativista das causas homossexuais e feministas. Um brinde a Cyndi Lauper !


sexta-feira, 27 de novembro de 2015

Recomendação da Semana #7: Lethal Rising

Por Renan Soares

                                       

Olá pessoal, esse é mais uma Recomendação da Semana, e dessa vez finalmente darei espaço para uma banda local, e quando digo "local" não me refiro apenas ao Brasil, mas também a minha cidade, Recife. Dessa vez se trata da banda recifense de metal progressivo Lethal Rising.
A banda foi formada em 2007 e tem como proposta cantar músicas com letras que tratam dos mais profundos questionamentos que afligem a mente humana, e é formada atualmente por Adriano Forte (vocal), Marco Melo (guitarra), Pablo Romeu (guitarra), Bruno César (baixo), Bruno Henrique (bateria) e Lidiano Oliveira (teclados).
Esse provavelmente será o Recomendação da Semana mais curto de todos, porque se trata de uma banda que não tem um repertório muito extenso, nesse caso, se resume a apenas um EP de cinco músicas, o "Against The Fear".
E o que falar do som da banda? Bem, lembro que eu conheci a banda bem "por acaso", lembro que assim de primeira o som não me cativou tanto, mas depois de ouvir mais algumas vezes com um pouco mais de atenção foi que passei a gostar muito do som deles. Apesar de eu não curtir metal progressivo normalmente, a música deles conseguiu me agradar bastante, principalmente as faixas "Lost For a Time" e "In Flames", isso sem falar que gosto muito de bandas com pegadas mais melódicas, acho que posso dizer que pra mim esse é o ponto forte deles. Particularmente, tenho mais preferência pelo metal melódico do que pelo "extremo".
Você que normalmente tem preferência pelas vertentes mais extremas do metal, provavelmente não vai olhar o Lethal Rising com bons olhos no início, mas se você não for aquele headbanger radical e chato que diz que toda banda de metal melódico não presta e tiver uma mente um pouco mais aberta, eu recomendo que ouça pelo menos uma música antes de tirar suas conclusões, ou então o "Against The Fear" todo, aliás, são apenas cinco músicas, não deve tomar muito do seu tempo. E se você não curtir da mesmo forma, paciência, nem Jesus agradou a todos mesmo (rs).
E se você for do tipo de pessoas que não costuma ouvir bandas de metal, eu recomendo que ouça o Lethal Rising, principalmente porque a vertente deles não chega a ser agressiva com os ouvidos das pessoas que não são acostumadas com esse tipo de som, então, há uma probabilidade de você curtir o som no fim das contas.
Enfim, confiram logo abaixo um pouco do som da banda, vá por mim, vale a pena =D:
(PS: Sim, antes que eu esqueça, segundo a própria banda, o primeiro álbum deles sairá logo em breve)

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Great Silvestri!





Por: Lucas Rigaud

 O futuro de ninguém foi escrito! Esse é um fato que aprendemos com o clássico "De Volta Para O Futuro", que completa 3 década neste ano de 2015. As únicas coisas das quais temos certeza de que foram realmente escritas são: o brilhante roteiro do filme, por Bob Gale e Robert Zemeckis, e, principalmente, a icônica trilha sonora do Alan Silvestri. 

 Nascido em Nova York, no ano de 1950, Alan Silvestri é um renomado músico e compositor de trilhas de cinema e TV. Ingressou na sétima arte compondo a trilha do filme de baixo orçamento "The Doberman Gang", em 1972. Ainda nos anos 70, participou da trilha sonora do seriado "CHiPS". Porém, Alan ganhou fama após iniciar uma parceria que dura até hoje com o cineasta Robert Zemeckis; parceria essa que rendeu trilhas famosas, como a de "Uma Cilada Para Roger Rabbit", "Tudo por Uma Esmeralda", "Forrest Gump", "Náufrago", "Contato" e, principalmente, "De Volta Para O Futuro". 




 No episódio de trilhas sonoras de cinema desta semana, falamos sobre a parceria Zemeckis/Silvestri e da trilha sonora de uma das trilogias mais importantes e atemporais da história do cinema. Confira, abaixo, o vídeo! 

 Silvestri também participou de várias trilhas, como a dos filmes: "Lilo e Stitch", "Os Vingadores", "Capitão América - O Primeiro Vingador", "Van Helsing", "Uma Noite no Museu", entre outros. 



quarta-feira, 25 de novembro de 2015

ELIS: Um sorriso feliz para cantar

Por Ed Siqueira
No auge dos seus 36 anos,Elis Regina não se negava a experimentar todas as formas de se sentir ligada ao mundo ao mundo em sua volta.Cantava,chorava,encenava no palco como ninguém,assim,fazia seu espetáculo com toda propriedade.Dona de um sorriso apaixonante,a pimentinha carregava na voz um dom insuperável, para muitos que viram ela em cima do palco, a maior de todas as intérpretes.Usou algumas drogas e pagou o preço por isso, ela não se permitia não saber como era algo, ela não se via sendo cercada pelo casual,exagerava nas doses e na voz,(que voz!).

Elis Regina, era  o sonho de todos os compositores, todos gostariam que Elis colocasse voz nas suas canções.Doava-se e detalhava a história feito só ela, feito só um ser de outro planeta, com uma luz própria.É dona Elis, é difícil achar palavras para falar da senhora!E o mais difícil ainda é não ter a possibilidade de ouvi-la novamente e ter a possibilidade de lhe mandar uma canção minha,os sonhos às vezes é impossível,é um bêbado e a equilibrista.   

terça-feira, 24 de novembro de 2015

#TocaFitas - Episódio 5

Por Bruno Mário


 
Olá galera, hoje o nosso #TocaFitas vai trazer à tona as memórias dos anos 90’ , uma boa época no universo artístico como um todo, dando continuidade ao que foi a década anterior. Marcada por estilos de vestimentas diferentes nas duas metades (1990-94 / 1995-99). Além disso, MUITAS coisas que aconteceram na década são passíveis de lembrança, tais como:

  • ·         Abertura do mercado nacional (1990);
  • ·         Início das atividades de telefonia móvel no Brasil (1990);
  • ·         Guerra do Golfo (1991);
  • ·         Morte de Freddie Mercury, decorrente de complicações da AIDS (1991);
  • ·         Tratado de Minsky, que pôs um fim definitivo à Guerra Fria (1991);
  • ·         Lançamento dos Fiat Tipo e Tempra (1991);
  • ·         Impeachment do Presidente Collor, no Brasil (1992);
  • ·         Eleição de Bill Clinton para presidente dos E.U.A. (1992);
  • ·         Início da série de videojogos “Mortal Kombat” (1992);
  • ·         O São Paulo conquista dois mundiais interclubes consecutivos (1992/93);
  • ·         Início da série de filmes do Jurassic Park (1993);
  • ·         A General Motors lança os carros Astra, Vectra e Omega no Brasil, dando fim a um longo reinado dos Chevette e Opala no mercado nacional (1993);
  • ·         Lançamento do Jeep Grand Cherokee (1993);
  • ·         Morte de Ayrton Senna (1994);
  • ·         “Genocídio de Ruanda” (1994);
  • ·         A Seleção Brasileira de futebol conquista a 4ª Copa do Mundo (1994);
  • ·         Lançamento do “Plano Real” (1994);
  • ·         Em Pernambuco, Miguel Arraes é eleito governador pela 3ª vez (1994);
  • ·         Lançamento do Playstation, videogame da Sony (1994);
  • ·         Fernando Henrique Cardoso, o popular “FHC”, é eleito presidente do Brasil (1994);
  • ·         O ator Pierce Bosnan faz o papel do icônico agente James Bond no filme “007 contra Goldeneye”, personagem que reprisou em mais 4 filmes da série (1994);
  • ·         Início das atividades da Internet comercial (1994/95);
  • ·         Fundação do Yahoo! (1995);
  • ·         O filme de desenho animado “Toy Story”, da Pixar Studios é o primeiro da companhia a ser lançado (1995);
  • ·         Cenas fortes de violência entre as torcidas de Palmeiras e São Paulo, protagonizaram a Final da Supercopa SP de Futebol Jr. (1995);
  • ·         Comprovação científica da existência de anãs marrons e buracos negros (1995);
  • ·         Lançamento do Windows 95, que trazia como novidade o navegador Internet Explorer (1995);
  • ·         O Volkswagen Gol, no Brasil, tem a 2ª geração lançada no mercado (1995);
  • ·         A Fiat lança o Palio, carro mais popular da marca no Brasil (1996);
  • ·         A Motorola lança o primeiro celular de modelo “Flip” (1996);
  • ·         Lançamento do videogame Nitendo 64 (1996);
  • ·         Descontinuação do Fiat Tipo, que dá lugar ao Fiat Brava (1996);
  • ·         A Ilha de Hong-Kong é devolvida à China (1997);
  • ·         O filme “Titanic” (1997) , com Leonardo Di Caprio e Kate Winslet, é lançado e alcança a maior bilheteria da história, sendo superado por “Avatar” em 2009;
  • ·         Morte do cantor pernambucano Chico Science, em um acidente de carro (1997);
  • ·         Morte da Madre Teresa de Calcutá (1997);
  • ·         Morte da Princesa Diana, de Gales (1997);
  • ·         A seleção brasileira de futebol vence pela primeira vez, a Copa das Confederações (1997);
  • ·         Criação do “Rodízio” de carros em São Paulo, que era uma grande aposta para amenizar o trânsito caótico (1997);
  • ·         Criação da CPFM no Brasil, o “Imposto do Cheque”, descontinuada em 2007 e retomada em 2016 (1997);
  • ·         Lançamento do Fiat Marea, sucessor do Tempra, que foi outro carro de luxo que marcou época até 2007, quando foi descontinuado (1997);
  • ·         Lançamento do iMac, desktop da Apple (1998);
  • ·         Lançamento do Windows 98, com gráficos revolucionários à época (1998);
  • ·         Morte de Tim Maia, decorrente de complicações do Diabetes, associadas ao estilo de vida do cantor;
  • ·         A França é campeã mundial de futebol em casa, pela primeira vez, após golear o Brasil na final (1998);
  • ·         Morte de Leandro, cantor sertanejo e ex-parceiro de Leonardo (1998);
  • ·         Fundação do Google (1998);
  • ·         FHC é reeleito presidente do Brasil (1998);
  • ·         Em Pernambuco, Jarbas Vasconcelos é eleito governador pela primeira vez (1998);
  • ·         O “Escândalo Lewinsky”, envolvendo o presidente americano Bill Clinton em casos de promiscuidade sexual, vem à tona e põe em cheque seu mandato (1998/99);
  • ·         Os E.U.A. passam a controlar o canal do Panamá (1999);
  • ·         No Brasil, um “Apagão” deixa 10 estados, mais o Distrito Federal sem luz, dando início a uma sequência que culminaria, mais tarde, na “Crise energética de 2001” (1999);
  • ·         O Fiat Tempra é descontinuado (1999);
  • ·         Muitas provocações e pancadaria, dentro e fora de campo, marcam a final do Campeonato Paulista de futebol, entre Palmeiras e Corinthians (1999);
  • ·         Morte do poeta João Cabral de Melo Neto (1999);
  • ·         Morte de Akio Morita, um dos fundadores da Sony (1999);
  • ·     Morte do ex-presidente do Brasil João Baptista Figueiredo, o último do regime militar (1999).


  Já que você certamente acabou de fazer um ‘filme’ somando todos estes acontecimentos (E mais alguns que venha a lembrar), as músicas que marcaram época também têm uma lista tão enorme quanto, prepare-se para a playlist enquanto esse filme se passa na sua cabeça.


  •  A-Ha

Anos 90’ sem a tradicional banda norueguesa não vale. Crying in the Rain , Early Morning, I Call Your Name, East of The Sun, Cold River, Move To Memphis, Angel In The Snow, Memorial Beach e Cold As Stone sem dúvida foram algumas das músicas dessa década que marcou o auge do grupo.

  •   Zezé di Camargo & Luciano

Antes deles, Chitãozinho e Xororó eram os grandes protagonistas da música sertaneja; mas foi em 1991 que essa dupla despontou no cenário nacional; que mais tarde viriam a tomar o reinado deles no gênero. O grande sucesso da banda no início foi o single “É o amor”, lançado no 1º álbum, que conquistou um disco de diamante em vendagem. Outras músicas da dupla que marcaram época foram “Tudo de novo” (1993), “Pão de mel” (1994), “Doce Paixão” (1995), “Primeiro amor” (1997), “A queima-roupa” (1998) e “Será que foi saudade” (1999).

  •  Ultraje a Rigor

A banda paulista que fez sucesso na década anterior, continuou saboreando a fama até a primeira metade dos anos 90’, quando lançou o álbum “Ó!” em 1993. O CD continha os hits “A inveja é uma merda”, “Ah se eu fosse homem” e “Oh Carol”, entre outros. Após esse álbum, a banda passou por maus bocados e teve o baixista Serginho fora do grupo em 1999, que foi substituído por Mingau.

  •   Enya

A cantora irlandesa havia conhecido o sucesso internacional com o álbum Watermark, de 1988. E fincou seu nome no universo da música instrumental celta com o álbum seguinte : Sheperd Moons, em 1991; o álbum trazia o clássico Caribbean Blue , além de Book of Days e After Ventus. O álbum seguinte , The Celts (1992), com o single homônimo, acompanhado por Boadicea e Fairytale, trouxe mais músicas de sucesso. The Memory of Trees (1995), trouxe os clássicos Anywhere is e China Roses ; e pra completar a década áurea da artista, a coletânea Paint The Sky With Stars, de 1997, que reunia os maiores sucessos.


  •   Chico Science & Nação Zumbi

Numa época onde a música Pop americana estava cada vez mais a conquistar o público brasileiro, surgiu em Recife uma inovação na música local : O movimento Manguebeat, encabeçado por Chico Science, que ganhou fama a partir de 1991. O grande ápice veio com o álbum “Da lama ao caos”, em 1994; trazendo nele as músicas que são símbolo do gênero até hoje, como : “A cidade”, “A praieira”, “Da lama ao caos”, “Rios, pontes e Overdrives” e “Computadores fazem arte”. Em 1996, foi gravado o álbum “Afrociberdelia”, que consolidava o Manguebeat no mercado nacional, com os singles icônicos : “Maracatu atômico”, “Manguetown” e “Corpo de lama”; este foi o último trabalho em estúdio com Chico Science ainda vivo.

  •   Tim Maia

O “Tião”, como era conhecido pelos amigos, fez muito sucesso nas décadas de 70’ e 80’; porém vinha lidando muito mal com isso. Polêmico pelo seu vício exacerbado em drogas e álcool, o rei do soul brasileiro vinha fazendo grandes atuações nos palcos e nos estúdios até sua morte, em 1998. Gravou “Me dê motivo”, “Sossego”, “Do Leme ao Portal”, “Réu confesso” e o clássico “Gostava tanto de você”, sendo este último pouco antes de morrer. Eternas saudades sentiremos !

  •   The Cardigans

Hoje pouco lembrado, esse grupo sueco foi uma moda que pegou nos anos 90’. Fundada em 1992, a banda lançou seu primeiro álbum em 1994, que tinha dentre as faixas, o single Rise ‘n Shine, que tornou a banda conhecida. Em seguida veio o álbum Life (1995), trazendo Carnival, Tomorrow, Beautiful One e Fine. O sucesso continuou com o 3º CD : First Band of The Moon (1996), que trazia os hits Lovefool e Choke ; mas foi com o álbum Gran Turismo(1998), que a banda se fez eternizar. O disco recebia esse nome em homenagem ao jogo de mesmo nome, lançado para Playstation no mesmo ano. Em 1999, a SCEA lançou o jogo Gran Turismo 2 e a música de abertura era a icônica My Favourite Game, cujo videoclipe oficial contém cenas fortes.

  •   Lulu Santos

“Assim caminha a humanidade” foi a música do Pop nacional de maior sucesso na metade da década; chegou a ser tema da telenovela Malhação, da Globo, em 1995. Lulu gravou o single originalmente em 1994 e no ano seguinte lançou o álbum “Eu e memê, memê e eu”, que conquistou um disco de platina; sendo o seu álbum mais vendido. Essa época foi um dos auges da sua brilhante carreira.

  •   Jota Quest

A banda mineira iniciou suas atividades em 1993 e lançou seus dois primeiros álbuns em 1996 e 1998, respectivamente. Os singles “Vou pra aí” e “Encontrar alguém” constavam no primeiro enquanto “Fácil” e “O vento”, no segundo.

  •   Reginaldo Rossi

O Rei do Brega sempre foi sucesso em Pernambuco e no Nordeste, mas foi em 1998, com “Garçom” e “A raposa e as uvas”, que ele conheceu a fama nacional e internacional. Depois daí, tanto ele quanto a música brega como um todo, passaram a ter mais visibilidade e serem mais respeitados.

  •   Garbage

A banda de Rock Alternativo/Industrial americana foi uma das sensações da década; liderada pela voz sexy da escocesa Shirley Manson, foi criada em 1993 e lançou o primeiro álbum, homônimo, em 1995. A partir de então, os clássicos Queer , Milk ,  Supervixen e Only Happy When it Rains foram verdadeiros estouros comerciais. E em 1998, lançou o álbum Version 2.0 , que comercialmente foi além do primeiro; trazendo os hits Temptation Waits, Sleep Togheter, Special, I Think I’m Paranoid e When I Grow Up; a fase áurea da banda foi coroada com o single The Wolrd is Not Enough , que foi tema do filme do 007 em 1999. Até hoje, vários fãs da banda consideram esse período como o melhor.

  •   Madonna

A rainha do Pop vinha num período de oscilações desde Like A Virgin. Ela veio a reencontrar o sucesso comercial em Ray of Light (1998), álbum que tinha também o clássico Frozen. Nos dois clipes, há um desempenho excelente da Madonna em termos de dramatização, aliados a altos efeitos especiais; coisas que encantaram os fãs na época.

  •   Zizi Possi

A cantora fez trabalhos em estúdio relevantes no final da década; em 1997, gravou “Per amore” e “Asa Morena”, ambas compuseram a trilha sonora da telenovela da Globo “Anjo Mau”, exibida no mesmo ano.

  •   Laura Pausini

Uma das pioneiras do Pop na Itália, Laura começou a carreira em 1993 e lançou o single “La solitudine” , contido no primeiro álbum, no mesmo ano. Em 1994, veio o segundo álbum, “Laura”, que trazia “Strani amori” e “Ragazze Che”, ambos tiveram êxito comercial. Mas ela despontou mesmo em 1996, com o álbum “Le cose che vivi” , que trouxe além da faixa homônima, “Incancellabile”, “Seamisai” e “La Voce”.