Por Ed Siqueira
Quando
o mundo resolve abrir espaço para um gênio, ele sabe que corre o risco da sua
visita ficar para sempre.
Francisco
de Assis França, bem que poderia ter sido um jogador do seu Santa Cruz Futebol
Clube, ou quem sabe um graduado, com especialidade e tudo, mas Francisco queria
juntar palavras, fazer da vida batidas, e lá estava o líder de um movimento, um
poeta escancarado.
De
Francisco, o natural apelido de Chico, o Science vem do cientista dos ritmos, o
Manguebeat surgiu em uma maré parada no cenário local, Pernambuco ressurgia com
uma sonoridade para os jovens, o som despertou atenção do mundo, as letras
abordando crônicas das cidades, o manguezal como astro principal, o mangue
fervia ao som de Chico e sua Nação.
Chico
Science tinha seu lado romântico, o poeta dormia e acordava sempre que preciso,
expulsava em palavras suas paixões e conquistas, foi assim com “Samba e leveza”.Parceria
póstuma com Lenine. Science foi exatamente isso: Pedia uma cerveja antes do
almoço e pedia atenção contra a hipocrisia e mazelas sociais.
O
destino fez Chico parar, perdeu o controle do Fiat Uno que pegou emprestado da
sua irmã,há 19 anos.E deixou na lucidez de sua obra uma eterna contestação. Sem
rugas, sem cabelos brancos, a imagem do cinquentão é de menino, com direito a
fórmula para a imortalidade.
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