quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Renato Russo: O herói sem capa





Por Ed Siqueira


Um dia, ainda menino, Legião Urbana surgiu para mim, confesso que as letras não transfixavam minha alma, era uma criança com 6 anos e aquele cara que fazia uma performance no palco chamava mais minha atenção pela sua esquisita “dança”. Era o Renato, o Manfredini, o Júnior da dona Carminha, o Russo, o poeta do Brasil. Que diabos esse barbudo faz com esse jogo de mãos??? Mais parecia uma defesa de super-herói (E era um super-herói sonoro!), algo dos meus desenhos animados, o tempo foi passando e com ele, o trovador solitário partiu em corpo, o que restou do meu super-herói preferido da TV? Foi a transição do performático para um artista essencial na minha formação, aos 12 anos já ouvia “Tempo Perdido”, “Ainda é cedo”, “Os Barcos” e a triste e bela “Vento no litoral”. Assim aquele amalucado que se sacudia no palco percebia que era um gigante, na verdade, aquilo era uma parte do poder dele de se transformar em algo que podemos desfrutar até hoje, (pena que só em arquivos). Renato Russo, a cada tempo cresce, a cada tempo renova sua legião de admiradores, pela beleza de ser um SUPER, o líder de uma geração Coca-Cola, o líder de uma banda que utilizava três acordes para acordar milhares de pessoas, o cara que fez a tão famosa pergunta atemporal: QUE PAÍS É ESSE? Hoje eu entendo o que meus 6 anos queria ver, hoje eu entendo o que meus 12 anos queira ouvir, e hoje com 24 anos, eu entendo que Renato faz falta, mas ele resiste ao tempo, coisa de gênio, coisa de Renato Russo!
































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