Na tarde dessa última quinta-feira, o mundo da música foi abalado com a chocante notícia sobre a morte de Chester Bennington, vocalista da consagrada banda Linkin Park, ele que tem a voz que virou um dos principais ícones do rock nos anos 2000. Afinal, quem aqui nunca ouviu em sua infância/adolescência músicas como In The End, Numb, Faint, One Step Closer e Breaking The Habit? Aliás, é impossível falar de música dos anos 2000 para cá sem se lembrar do Linkin Park.
No momento em que ouvi a notícia eu estava na trabalho, quando de repente ouvi uma amiga comenta que o Chester tinha sido encontrado morto em sua residência. De início, assim como a maioria dos fãs do Linkin Park, torci para que aquilo fosse apenas uma piada de muito mau gosto, mas ao pesquisar pelo internet, infelizmente vi que a informação era verdadeira.
No mesmo instante entrei em choque, não queria acreditar no que os meus olhos tinham acabado de ler, o vocalista de uma das bandas que me introduziu ao mundo do rock tinha acabado de nos deixar. cheguei no ponto que nem sequer estava afim mais de trabalhar depois daquilo.
E o principal de tudo, não conseguia acreditar com a forma que ele tinha partida, segundo a Polícia, tudo indica que ele se suicidou por enforcamento. Aí nesse momento começo a me perguntar: "Como assim? O cara tava aí em turnê, tinha passado recentemente pelo Brasil e lançou material novo em maio, como ele pôde nos deixar assim tão repentinamente?"
Infelizmente, a depressão é um mal que tem assolado muitos na nossa sociedade, e falar sobre isso tem sido um tabu difícil de ser quebrado, por mais que muitos tentem, essa maldita doença agarra sorrateiramente a pessoa e dificilmente se solta dela, até ser tarde demais.
Chester Bennigton morria (coincidentemente, no dia em que a banda lançava um clipe novo), deixando assim, uma geração inteira de fãs órfãos, geração essa que só passaram a saber o que era rock por conta dele e do Linkin Park, muitos deles, assim como eu, sentiram como se um pedaço de si mesmo tivesse sido tirado a força.
O Linkin Park que foi formado durante os anos 90, mas só passou a ter uma maior visibilidade a partir dos anos 2000 após o lançamento do álbum Hybrid Theory, que foi um sucesso de venda na época. Após isso, veio outro grande sucesso, o disco Meteora lançado em 2004, que mostrava que o Linkin Park tinha vindo para ficar.
Em 2007, a banda lança o Minutes to Midnight, disco esse que já mostrava que a banda começava a entrar um pouco em uma nova fase, saindo um pouco do New Metal que o consagraram, fase essa que se firmou a partir do disco A Thousand Sun, lançado em 2010, que já começava a apresentar uma pegada mais eletrônica. Em 2012, é lançado o Living Things, que ainda se apresentava na linha mais eletrônica, em 2014, veio o The Hunting Party, que colocou novamente a banda na pegada do som mais pesado.
Em 2017, a banda lança o disco One More Light, trabalho esse que passaria a dividir de vez a opinião dos fãs, mais do que os seus três antecessores, por apresentar uma pegada muito mais pop e completamente diferente do que qualquer outro trabalho do grupo lançado anteriormente.
E em meio a essa "divisão" dos fãs em relação aos seus trabalhos atuais, Chester nos deixa, o que me faz imaginar se essa questão não teria sido um dos fatores que o fez tomar a decisão que tomou, já que em entrevistas recentes ele chegou a se mostrar chateado com os fãs que o enchiam o saco pedindo para que a banda voltasse a soar da forma que soava na época do Hybrid Theory (faço um mea culpa aqui, pois fiz parte dessa parcela de fãs chato).
Mas após o ocorrido, imagino que independente desses detalhes que acabei de contar, a reação imediata de todos os fãs do Linkin Park foi ouvir todos os trabalhos da banda de cabo a rabo, até mesmo aqueles que menos curtiram (como foi o meu caso com o A Thousand Sun e o One More Light).
Além do Linkin Park, Chester também teve participações em outros projetos, como a banda Dead By Sunrise e a lendária banda Stone Temple Pilots.
E o que mais me dói pensar é que é que o Linkin Park veio tocar no Brasil em maio no Maximus Festival, e por pouco não me planeei para ir vê-los tocar, agora, essa foi uma chance que nunca mais terei novamente, vocês imaginam o meu remorso nesse momento.
Mas no fim, isso não tem importância, não é mesmo? =/
Descanse em paz Chester, e obrigado por tudo que você fez pela música, e por fazer parte não só da minha vida, mas também da de todos os fãs do Linkin Park, que nesse momento cantam suas músicas em uma só voz.
Enquanto ao Linkin Park em si, o futuro é incerto, e o que podemos fazer no momento é esperar uma pronunciamento oficial por parte dos outros integrantes.
Vamos relembrar um pouco os grandes hits do Chester, tanto no Linkin Park quanto em seus outros projetos: