sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Recomendação da Semana #18: André Matos (solo)

Por Renan Soares

                                         

Olá pessoal, o "Recomendação da Semana" de hoje falará de uma figura que é bastante conhecida no mundo do metal, mas que ainda assim, seu trabalho solo não é valorizado do jeito que devia.
Essa figura é ninguém mais, ninguém menos do que André Matos, primeiro vocalista do Angra e do Shaman, que desde a sua saída da segunda banda citada tem seguido carreira solo (isso sem falar em alguns outros projeto paralelos, mas isso é assunto para outro post).
Bom, a história, sinceramente, é um pouco dispensável, isso porque de uma forma ou de outra o nome sempre estará vinculado ao Angra e ao Shaman, mas a falarei da mesma forma. Ele é paulista, e como muitos de vocês devem saber, ele foi um dos fundadores do Angra em 1991 (mas antes, fazia parte do Viper), lançando três álbuns com o grupo (Angels Cry, Holy Land e Fireworks), em 2000, após brigas internas, ele deixa a banda junto com Ricardo Confessori e Luis Mauriutti (baterista e baixista) e juntos, formaram o Shaman (chamando Hugo Mauriutti para assumir a guitarra). Lançaram apenas dois discos juntos (Ritual e Reason) e após outras brigas internas, a banda se desfez em 2006 (onde depois, Confessori decidiu continuar com outra formação), tendo a partir daí, André iniciado sua carreira solo.
Sua discografia solo possui apenas três álbuns, o "Time To Be Free" (2007), "Mentalize" (2009) e o "The Turn Of The Lights" (2012). E por que eu digo que a carreira solo dele não é valorizada do jeito que devia?
Porque infelizmente, ele é um artista que acabou se prendendo muito aos trabalhos das suas ex-bandas (ao Angra principalmente). A maioria dos fãs que vão em seus shows normalmente não conhecem seus trabalhos solos, e vão mais para ouvir as velhas músicas da época do Angra, Shaman e Viper, e eu tive a prova disso nos dois shows que já presenciei dele, onde na hora em que ele tocava suas músicas solos, o público mal se mexia e apenas curtiam quietos sem saber a letra da música. Mas, quando ele tocava músicas da época dele no Angra, o público se levantava na hora e cantava junto até não ter mais voz.
O que eu acho triste, porque seus trabalhos solos tem tanta música boa quanto em seus discos com as suas bandas anteriores, e o André por si só é um vocalista bastante respeitado não apenas no Brasil, mas no mundo todo, a ponto de ter sido um dos candidatos a substituir o Bruce Dickinson na época que o mesmo saiu do Iron Maiden (vaga que ficou com Blaze Bayley).
Mas enfim, vamos agora falar um pouco dos seus álbuns.
Em questão de sonoridade, seus álbuns não se diferem muito do que ele já fez no Angra ou no Shaman (aliás, o estilo dele sempre foi o Power Metal), por isso, se você curte essas duas bandas, não há desculpas para que não ouças a carreira solo dele. Suas agudos continuam potentes nos dois primeiros CDs, no último (The Turn Of The Lights), nem tanto (o que é normal, o cara não ta ficando mais jovem, cá entre nós), e a técnica dos seus instrumentistas continua impecável.
Apesar dos três discos não se diferenciarem muito sonoramente um dos outros, na minha opinião, uma boa dica para começar a ouvir seu trabalho é com o "Mentalize", que para mim é o melhor álbum solo dele, seguidos do "The Turn Of The Lights", já o "Time To Be Free" eu não gostei tanto assim, mas também não é nenhuma desgraça, é só uma questão de afinidade mesmo.
Ou seja, se você gosta de um bom Power Metal feito com bastante técnica, os trabalhos solos do André Matos é uma ótima opção para você.
Confira algumas músicas:
 

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